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Victória cai nas oitavas, mas estabelece recorde brasileiro no Australian Open juvenil

Victória Barros fez história ao se tornar a primeira brasileira a alcançar as oitavas de final do Australian Open juvenil, superando a melhor campanha anterior do país que datava de 1985, quando Roberta Caldas chegou à segunda rodada.


A potiguar de 15 anos, atual número 42 do ranking juvenil e melhor brasileira ranqueada, encerrou sua participação nesta quarta-feira ao ser superada pela japonesa Shiho Tsujioka (81ª) por 7/6 (10-8) e 6/0.


Em sua trajetória histórica, Victória demonstrou significativa evolução em seu jogo, especialmente no controle das trocas de fundo. A jovem manteve suas características de variações que já haviam chamado atenção de nomes como Patrick Mouratoglou e Ivan Ljubicic, agora combinadas com um jogo mais sólido.


A potiguar Victória Barros, de apenas 15 anos, em ação
Foto: Mouratoglou Tennis Academy

Em sua campanha, Victória venceu a israelense Mika Buchnik na estreia por 6/3 e 6/4 e a sérvia Petra Konjikusic na segunda rodada por 4/6, 6/3 e 6/4. No duelo contra Tsujioka, teve chances no primeiro set, salvando quatro set-points seguidos no tie-break antes de ceder a parcial. No segundo set, viu sua porcentagem de primeiro saque cair de 60% para 42%, enquanto a japonesa elevou seu nível.


Este foi apenas o terceiro Grand Slam da jovem brasileira, que em 2023 disputou Wimbledon (caindo no qualifying) e o US Open, onde alcançou as quartas de final em duplas. A campanha em Melbourne deve render 180 pontos no ranking, com 60 a descartar, aproximando-a do top 30 mundial.


O tênis feminino brasileiro teve apenas 11 representantes na história do Australian Open juvenil. Após Caldas em 1985, o país ficou 24 anos sem participação até Fernanda Faria em 2009. Posteriormente, nomes como Beatriz Haddad Maia, Letícia Vidal e Luisa Stefani também disputaram o torneio, mas sem o mesmo sucesso.


Victória e a paulista Nauhany Silva, de 14 anos, que também jogou na Austrália, representam uma nova geração promissora do tênis brasileiro feminino. As duas jovens mesclarão calendários juvenil e profissional ao longo da temporada, num processo que exige paciência e respeito ao desenvolvimento individual de cada atleta.


Entre os brasileiros na competição juvenil australiana, o maior sucesso veio com Tiago Fernandes, campeão em 2010, e mais recentemente com João Fonseca, vice-campeão em duplas em 2023 ao lado do belga Alexander Blockx.

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