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Sabalenka e Gauff abrem o jogo sobre WTA Finals na Arábia Saudita

Atualizado: 17 de dez. de 2024

A realização do WTA Finals deste ano na Arábia Saudita, um país com uma cultura vista como machista e homofóbica por muitos, gerou um grande burburinho no mundo do tênis. No entanto, Aryna Sabalenka e Coco Gauff, números 1 e 3 do mundo, respectivamente, demonstraram uma postura positiva em relação ao torneio e elogiaram a recepção saudita.


Questionada em coletiva de imprensa, Sabalenka afirmou não ver restrições em competir na Arábia Saudita. Ela ressaltou a importância de levar o tênis a todos os lugares e destacou os esforços sauditas para promover o esporte:


"Estive aqui em uma partida de exibição com a Ons [Jabeur] e vi que tudo é bem tranquilo. Pessoalmente, não tenho problema algum em jogar aqui. Acho fundamental levar o tênis a todos os cantos do mundo e inspirar a nova geração. O esforço que eles colocam no esporte feminino é incrível; estou realmente impressionada.


Estou muito feliz em estar aqui e fazer parte, diria, de algum tipo de história. Este país faz um grande esforço para trazer eventos esportivos, o que, no geral, melhora a qualidade de vida das mulheres aqui. Acho ótimo estarmos aqui inspirando a nova geração. Estamos seguros, nos divertindo, e é uma cidade linda. Basicamente, essa é a minha mensagem", afirmou Aryna.


Sabalenka e Gauff, que já decidiram o US Open, se cumprimentam na Austrália
Aryna Sabalenka e Coco Gauff se cumprimentam no Australian Open 2024.

Por sua vez, Coco Gauff adotou uma visão mais pragmática. A americana, conhecida por sua militância em diversas causas, revelou ter inicialmente algumas reservas sobre participar do torneio na Arábia Saudita, mas mudou de opinião após diversas conversas com a WTA.


"Eu estaria mentindo se dissesse que não tive reservas. Quem me conhece sabe das causas que defendo. Participei de praticamente todas as reuniões possíveis com a WTA. Uma das coisas que pedi foi que, se viéssemos, não fosse apenas para jogar o torneio e ir embora. Precisamos de um programa ou plano verdadeiro", afirmou a norte-americana.


"Conversamos com muitas mulheres sauditas, incluindo a Princesa Reema, para entender a melhor abordagem neste lugar tão diferente para nós. Para mim, foi importante levantar questões sobre LGBTQIA+, direitos das mulheres e como poderíamos ajudar", continou.


"Estou ciente de que não vamos mudar tudo com nossa presença aqui, seria ingênuo pensar assim. Mas a conversa é cheia de nuances. A longo prazo, acredito que isso pode ser positivo para todos", concluiu Coco.


Foto: Lillian Suwanrumpha/AFP via Getty Images

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