Romboli vive semana dos sonhos e vai à semifinal em Indian Wells

Em uma campanha que já entrou pra história de sua carreira, Fernando Romboli continua a escrever capítulos mágicos no Masters 1000 de Indian Wells.

Jogando ao lado do australiano John-Patrick Smith, naquele que é considerado por muitos o "quinto Slam", Romboli conquistou nesta quarta-feira mais uma vitória emocionante no torneio californiano. No match-tiebreak, a dupla do carioca superou Yuki Bhambri e Andre Goransson por 7/6 (7-5), 3/6 e 10-8, e garantiu uma histórica vaga na semifinal.

De alternate a sensação do torneio

A história de Romboli em Indian Wells tem contornos de conto de fadas moderno. Originalmente programado para disputar um challenger em Phoenix, o brasileiro viu as portas do Masters 1000 se abrirem através de desistências na chave. O que poderia ser apenas uma participação especial transformou-se em uma campanha memorável, com três vitórias consecutivas, todas decididas no match-tiebreak.

Batalha de nervos

O duelo contra Bhambri e Goransson foi mais um teste de resistência mental. No primeiro set, Romboli e Smith demonstraram frieza ao salvar seis break-points, levando a melhor no tie-break com devoluções precisas nos momentos cruciais. Mesmo após ver uma vantagem de 3/1 no segundo set escapar, a dupla manteve a compostura para triunfar no match-tiebreak decisivo, selando a vitória com um golpe de sorte: uma dupla falta dos adversários no match-point.

Ascensão no ranking

Aos 36 anos, Romboli vive o melhor momento de sua carreira. Sua estreia em Masters 1000 já garantiu uma ótima ascensão no ranking: da 82ª posição, sua melhor posição até então, o brasileiro deve saltar para o 68º lugar. Uma vitória na semifinal poderia levá-lo ao seleto grupo dos top 60 mundiais.

Próximos passos

Na semifinal, Romboli e Smith aguardam os vencedores do duelo entre Sebastian Korda/Jordan Thompson e Jiri Leheck/Alejandro Tabilo. O brasileiro busca sua segunda final de ATP, após o título conquistado em Umag em 2021, mas agora em um palco muito mais prestigioso.

Um pouco de ufanismo, por quê não?

Esta campanha em Indian Wells não é apenas mais um resultado positivo do tênis brasileiro: representa a perseverança de um atleta que, mesmo depois dos 35 anos, continua encontrando formas de se reinventar e alcançar novos patamares no circuito. Romboli prova que, no esporte, não há idade para fazer história.