Lui Carvalho avalia o Rio Open 2025 e projeta novidades para o futuro
- Raphael Favilla
- 23 de fev.
- 3 min de leitura

O diretor do Rio Open Lui Carvalho concedeu uma coletiva de imprensa para fazer um balanço da edição de 2025, a 11ª do torneio carioca, e comentar os desafios e oportunidades para o futuro do evento.
Entre os destaques, ele abordou a participação dos jogadores, a experiência do público, as dificuldades na venda de ingressos e o sonho de trazer um torneio WTA para o Brasil.
A força da torcida brasileira
Carvalho destacou a energia única do público brasileiro, que cria um ambiente diferenciado para os jogadores. Segundo ele, os atletas percebem a paixão e o calor da torcida, o que pode ser um fator positivo ou desafiador. "O brasileiro gosta de torcer para o menos favorito, e isso gera um ambiente que não existe em outro lugar", comentou.
Desafios na atração de grandes nomes
A participação de apenas um tenista do top 20 nesta edição foi um dos temas abordados. Vale ressaltar que o dinamarquês Holger Rune#12 e o italiano Lorenzo Musetti#17 estavam inscritos no Rio Open, mas, alegando lesões, desistiram do torneio antes mesmo da estreia.
Carvalho reconheceu a dificuldade de garantir a presença de grandes jogadores, principalmente devido ao desgaste físico causado pelas condições climáticas e à sequência de torneios na América do Sul. "É um trabalho constante, às vezes leva anos para trazer um grande nome como o Zverev", afirmou. Ele também ressaltou que a organização busca estratégias para tornar o Rio Open o primeiro torneio da gira sul-americana, reduzindo o impacto do calendário.
Críticas ao nível do torneio
O diretor também respondeu às críticas sobre o nível técnico das quartas de final, comparado por alguns ao de um Challenger. "Gostaria que as quartas fossem mais fortes, mas imprevistos acontecem. Lesões e eliminações precoces podem mudar a dinâmica do torneio, como já ocorreu em edições passadas", disse. Para ele, a imprevisibilidade faz parte do esporte e abre espaço para novas histórias, como a ascensão de jovens talentos.
Venda de ingressos e combate aos cambistas
Outro ponto de destaque foi a polêmica na venda de ingressos. Carvalho reconheceu as dificuldades enfrentadas pelos fãs, incluindo falhas na pré-venda, queda do site devido à alta demanda e a ação de cambistas. "Foram mais de 350 mil acessos nos primeiros minutos de venda. Estamos investindo em tecnologia para minimizar esse problema e tornar a experiência de compra mais justa para todos", garantiu.
Possível mudança para quadra dura
A possibilidade de alterar a superfície do torneio do saibro para a quadra dura foi mencionada. Carvalho acredita que essa mudança poderia ampliar a lista de jogadores interessados em participar. "Hoje, os pisos estão mais semelhantes, e a quadra dura nos daria mais opções para atrair grandes nomes", explicou. No entanto, ele reforçou que a decisão envolve diversos fatores e segue em discussão.
Expansão e WTA no Brasil
Por fim, uma das grandes novidades discutidas foi o desejo de trazer um torneio WTA ao Brasil. "Nosso sonho de realizar um evento feminino está cada vez mais próximo. Ainda não está fechado, mas seguimos empenhados nisso", revelou. Segundo ele, o evento aconteceria em uma época diferente do Rio Open, como uma nova oportunidade para o tênis feminino no país.
Futuro promissor
Com o sucesso da edição de 2025 e o crescente interesse do público, Lui Carvalho garantiu que a organização seguirá trabalhando para aprimorar o evento. O impacto da ascensão de João Fonseca, as estratégias para ampliar o acesso aos fãs e a busca por novas atrações são prioridades para os próximos anos. "Confiem na gente, queremos oferecer o Rio Open para cada vez mais pessoas", concluiu.
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