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Baez revela que quase não jogou o Rio Open

Baez em ação no Rio Open
Foto: Gustavo Werneck

Primeiro bicampeão da chave de simples do Rio Open, por pouco o argentino Sebastian Baez sequer pisou no torneio neste ano. Por causa dos resultados no começo da temporada, com quedas na estreia em Auckland e no Australian Open e segunda rodada em Buenos Aires, ele cogitou não defender seu título no ATP 500 carioca, mas mudou de ideia e acabou levantando o troféu mais uma vez.


“Não estava confiante de vir para o Rio por causa dos resultados e de como estava jogando. Treinei com (Thiago) Wild na quarta-feira (anterior ao torneio) e logo após o bate-bola meu técnico me disse que tinha que seguir lutando. Essa foi a decisão que tomamos e acabou sendo uma grande decisão”, contou o argentino, que superou na final o francês Alexandre Muller por 6/2 e 6/3, em uma partida de 1h26.


Baez joga esta semana o ATP de Santiago, onde buscará manter a boa fase e seguir consolidando seu nome entre os grandes do circuito. Na coletiva de imprensa após a final n Rio, o argentino destacou a confiança que adquiriu com o triunfo e falou sobre a motivação para a sequência da temporada.


“Chego a Santiago com confiança e com vontade de jogar. É um lugar onde me sinto muito cômodo e onde sou muito bem tratado. Vou com motivação e tentando fazer o melhor possível, sem grandes expectativas, apenas buscando aproveitar dentro da quadra e ver onde isso me leva”, declarou o campeão, que soma agora sete títulos na carreira, seis deles no saibro, e se consolida como um dos grandes nomes da superfície.


Baez também abordou sua evolução pessoal e profissional nos últimos anos, especialmente após o US Open de 2023. “Acho que melhorei muito na maturidade, entendendo que o trabalho é o principal. Tento me esforçar independentemente dos resultados, o que é difícil em um esporte tão competitivo e individual como o tênis. Também aprendi a pensar mais no outro, no caso, no Guti (Sebastian Gutierrez, seu treinador), que é com quem passo o ano todo. Para conseguir algo importante, é preciso equilibrar tudo e não apenas focar nos resultados”, refletiu.


Sobre sua adaptação para superfícies rápidas, o argentino reconheceu que ainda tem margem para melhora. “O que posso melhorar? Tudo. Cresci jogando no saibro, mas sempre procuro evoluir em outros pisos, observando detalhes de outros jogadores e me ajustando semana a semana”, disse.


Del Potro e Baez no Rio Open
Foto: Gustavo Werneck

Um dos momentos mais emblemáticos da final foi a presença de Juan Martín del Potro na premiação, entregando o troféu ao compatriota. Sobre o encontro, Baez revelou ter conversado rapidamente com Del Potro ao longo da semana e destacou o significado do momento. “Foi especial, principalmente pela relação que ele tem com Guti. Poder compartilhar isso e encerrar a semana dessa forma é algo que vai ficar na memória”, comentou.


Questionado sobre as diferenças entre os dois títulos conquistados no Rio, Báez foi direto. “Estou muito feliz por ter vencido os dois. A sensação é ótima”, afirmou. Ele também se mostrou surpreso ao descobrir que é o tenista com mais vitórias em solo brasileiro no circuito desde 2022. “Não sabia disso, mas é um dado muito bom de ter”, celebrou.


Com a defesa dos 500 pontos do título do ano passado, Báez manterá sua posição no ranking mundial. Apesar disso, ele garantiu que seu pensamento segue o mesmo. “A sensação é diferente, porque me sinto mais confiante, mas o pensamento é o mesmo. Cada ano é novo, começamos do zero, sem pensar em pontos a defender. Fico feliz por ter vencido novamente aqui no Rio, um lugar especial para mim, e agora sigo com o desafio de melhorar em outros momentos da temporada”, concluiu.



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